sábado, 15 de outubro de 2011





Tudo que vejo é a linha
do leste que contemplo,
tão vasta e interminável,
de brilho vistoso, cor indecifrável
como das rosas, a inclemência da morte
como do infinito, o incio de tudo

A noite se vai
e ela se distorce,
tal qual a boreal aurora
de um inverno dolente
e a lagrima silente
solitária implora.

És tu da vida o fim?
Ou são teus traços brotos de jasmim.

Quando o leste contemplo
dessa linha, um ponto me resta
tão ínfimo e vulnerável
de pureza tão alva, elegância tão crua
como gota de lua num lago turquesa
como flor de ametista num lago de lua.

O dia se vai
e ela me sorri
tal qual, então, fugaz colibri
de uma primavera distante
e meu orvalho minguante
num oceano ressoa.

És tu da vida o fim?
Ou são teus traços brotos de jasmim.

Autor: Vonn Frey " Fundamentos a alma" cap. Primavera

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