sábado, 31 de dezembro de 2011

Sacerdote Ye - Kei



Yaemugura
Shigereru yado no
Sabishiki ni
Hito koso miene
Aki wa ki ni keri.




Reina solitário, meu pequeno templo
nem pé de cabana ao longe se vê
Admiradores não há, que a este canto venham orar.
Quando as videiras envolvem seu teto, temo calado
pois é bem sabido que o outono aqui a chegado.

Poema/ Tanka.

Autor: Ye-Kei Hôshi

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O principe Ken Toku

Aware to mo
Iu beki hito wa
Omohoede
Mi no itazura ni
Narinu beki kana.




Não guardava esperança alguma
de outra vez, em meu céu ter, o sorriso da bela donzela
Pois a tristeza, de sua essência não é parte
e desta vida cuidados não guardo
Pois são os sonhos, de minha lagrima, retalho

Poema/ Tanka
Autor: Koretada Fujiwara( ...- 972)

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Obs: Ken-Toku To: Nome postumo de Koretada Fujiwara

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Conselheiro Imperial Yatsu Tada





Ai-mite no
Nochi no kokoro ni
Kurabureba
Mukashi wa mono wo
Omowazari keri.




Quão desolada a vida antanho
lúgubres dias de tempos em vão.
Teu coração tocado-a minha alma
e o passado esquecer desejo
aqueles dias antes de teu beijo


Poema/ Tanka


Autor: Yatsu Tada (...- 943)

domingo, 18 de dezembro de 2011

Tomonori Kino



Hisakata no
Hikari nodokeki
Haru no hi ni
Shizu kokoro, naku
Hana no chiruramu.



Volta a primavera uma vez mais,
no horizonte um sol a reluzir
tanta ternura no céu a sorrir
que o pranto não posso conter
prevendo o dia da rosa sofrer
quando por fim ira cair e morrer.


Poema/Tanka
Autor: Kino Tomonori

sábado, 17 de dezembro de 2011

Tsuraki



Yama gawa ni
Kaze no kaketaru
Shigarami wa
Nagare mo aenu
Momiji nari keri.





A fúria dos ventos de ontem
sacudiram a firmeza dos carvalhos
voaram-se as folhas carmesim
que se juntaram silentes num canto
emudeceram as águas do riacho
calando, da montanha, o pranto


Poema/ Tanka
Autor: Harumichi no Tsuraki (...- 864)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Korenori Saka-No-Uye





Asaborake
Ariake no tsuki to

Miru made ni
Yoshino no sato ni
Fureru shira yuki.



Pensei que a Lua da aurora
banhado havia, de luz, as colinas
mas não! O que vi foi a neve da noite
caindo do céu como o pranto
pintando meu Yoshino* de branco


Poema/ Tanka
Autor: Saka - no- uye
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* Yoshino: Um vilarejo de uma Montanha na Província de Yamato, Famoso por suas cerejerias.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Tadamine Nibu



Ariake no
Tsurenaku mieshi
Wakare yori
Akatsuki bakari
Uki-mono wa nashi.

Condeno a hostil e frígida lua
brilhando no despertar da noite,
Tamanha tristeza cinzenta não há
ferindo esta solidão sem par
até o sorriso da aurora chegar.

Poema /Tanka

Autor: Nibu no Tadamine ( 866 - 965 )


sábado, 10 de dezembro de 2011

O ministro Minamoto


Yama zato wa
Fuyu zo sabishisa
Masari keru
Hito-me mo kusa mo
Karenu to omoeba.





A aldeia solitária da montanha
em tempos de inverno, eu temo.
Pois seu silencio é o adeus dos amigos.
Em sua tristeza folhas abandonam seu galhos
Homens e plantas não são mais que passado.


 Poema/ Tanka.


Autor: Minamoto No Mune-Yuki (....- 940  D.C)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ai no'kurimono


(....)
 E o sol muda através das tempo,
a  nuvem  o turva,  a sombra o enfraquece, o vento lhe entorpece
A lua também oscila em sua profundidade, seguindo as atribulações da vida mundana.
Igualmente, a opulência de cores desta primavera, não se compara a do ano que passou, nem tão poucos será semelhante a daquele que por vir esta.
 assim mesmo, o inverno, o verão, o mar, o ar, os cumprimentos,
as lagrimas, os sorrisos, os amigos, o irmão, a mãe, a vida....o amor.
O amor, um  remanescente do ontem impregnado no futuro do presente, da mesma forma se modificou.
Poderá brilhar com a intensidade de dois sois,
há de ser mais profundo que uma lua imortal
e florescer como  páramo no deserto.
mas não ha de ter mais a pureza daquela manhã
quando o conheci por primeira vez


Autor: Vonn Frey, " Dialogos Profanos"

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Chisatô Oye



Tsuki mireba
Chiji ni mono koso
Kanashi kere
Waga mi hitotsu no
Aki ni wa aranedo.



Esta noite a tristeza da lua outonal
cativa os dores de minha mente
mas as penas, de poetas, luxos não são
O outono e seu manto lúgubre
abriga  o sentir de cada ser.


Poema/ tanka


Autor: Oye no Chisatô


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Chisatô Oye, poeta, filosofo e tutor do imperador Sei-Wa ( 859-876 D.C.)



domingo, 4 de dezembro de 2011

O herdeiro Moto Yoshi





Wabi nureba
Ima hata onaji
Naniwa naru
Mi wo tsukushite mo
Awamu to zo omou.



Nos encontramos num ínfimo instante
e me tornei escravo da própria miséria.
As marés medir-me -ão a vida
até o momento que volte a encontrar
aquela, qual nunca deixarei de amar.


Poema/ Tanka


Autor: Moto Yoshi Shinnô ( ...- 943)


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Moto Yoshi foi filho do imperador Yôzei que reinou entre 877 - 884.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

" Idolism II : O circulo cinza"





...e por entre rostos perplexos, ela caminhou ao lado dele. Seus olhos não tinham a redondez das romãs e sim as formas de nobres grãos, as pupilas pareciam englobar toda  a profundidade da noite a qual se estendia pela moldura sedosa do rosto, posseia as linhas pudicas de um infante ao mesmo tempo que, sobre o manto de pele rosada, expressava os gestos lívidos de uma elegante mulher . Aquela criatura carregava consigo uma beleza indefinível para aqueles homens das longínquas planicies, porem a admiração destes foi tal que a palavra virgem se revelou na mente de todos, todavia o silencio se manteve inquebrantável, enquanto ela passava por entre cavaleiros, soldados e seguidores do Bom Samaritano. "Vamos!", disse enfim este, "regressemos as terras de meu pai, não temeis discípulos meus, a verdade há de libertar-nos, pois ela ao nosso lado caminha agora! Levemos ao nosso povo a luz que semeara a paz em suas almas" 
Assim, então, os portões rugiram abrindo-se de par em par, animais e homens tomaram o caminho do oeste.
A Gyoja enfim abandonava o templo dourado rumo as terras do grande rei David. Para ali reescrever, uma vez mais,  seu destino e o de todos os homens.


Vonn frey:  " idolism II: O circulo cinza"